Endireitas e Osteopatas
- Manuela Sousa
- 13 de set. de 2022
- 2 min de leitura

Desde há longa data houve pessoas que trataram das maleitas articulares causadas por acidentes ou por alterações físicas crónicas, essas pessoas tinham conhecimentos, experiência prática para as tratar. É comum ouvir dizer aos mais antigos: “nessa altura não havia mais ninguém senão o Endireita da terra”. A capacidade cinestésica desses profissionais para além de inata era melhorada após a resolução de uma entorse, de uma luxação de ombro ou joelho. Essa abordagem eminentemente biomecânica pode resolver muitas das queixas apresentadas.
O conhecimento fisiológico e anatómico com base em algumas dessas técnicas rápidas de desbloqueio articular vindas dos endireitas, colocou a Osteopatia na continuação desse legado empírico. Porém, por vezes num registo menos esclarecido, há pacientes que perguntam «não vamos estalar o pescoço como nos filmes?» comparando Osteopatas a Endireitas. Na verdade, esta proximidade surge até em piada entre colegas da profissão, designando o seu par como um «Endireita com curso».
O Osteopata, de acordo com a história clínica do paciente corroborada por achados feitos durante a consulta, conseguirá atingir a causa primária para eliminar os sintomas de forma duradoura em poucas sessões. É uma pesquisa, por vezes repleta de equívocos e informação truncada, cujo corpo do paciente ajuda a descortinar. Esse desempenho da terapêutica manual que apenas recorre às mãos e conhecimentos técnicos do terapeuta situa-a num patamar de segurança elevadíssimo.
Cada paciente que entra na nossa prática teve a enorme generosidade de nos escolher como terapeutas e expor a sua vida pessoal e corporal. O curioso é que não sabemos, à partida, qual irá ser a extensão do que fazemos. Podemos começar com propósitos meramente estruturais, quer dizer articulares, «este osso está aqui e deveria estar mais acima», para rapidamente percebermos a relação visceral de uma dor lombar, advinda de um esfíncter inflamado e estenótico ou a ligeira queda (ptose) de um órgão que pode despoletar um espasmo muscular. Podemos perceber que o nosso paciente não consegue descansar, ou que até tenha dores de cabeça, levando-nos a aplicar princípios e técnicas de Osteopatia craniana.
Se quiser saber mais sobre esta prática e, eventualmente, ter uma primeira consulta, contacte-me. Espero por si na Clínica Magna.

Bernardo Costa
Osteopata
(Cédula profissional definitiva n.º 100.003)
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